michel

No dia 13 de dezembro de 2016, Michel concedeu entrevista ao programa Hoje nos Esportes, da Rádio Gaúcha. Lá pelas tantas, o repórter Rodrigo Oliveira perguntou ao volante destaque da Série B pelo Atlético-GO se ele via espaço para entrar no meio-campo do Grêmio, com  quem definia os últimos detalhes da transferência:

 

– Cara, vou ser sincero. Para entrar naquele time, é difícil. Acompanhei a maioria dos jogos. O entrosamento do time com Maicon, Douglas, Luan, chama atenção, é uma coisa absurda. Admiro muito o elenco do Grêmio.

 

Um ano depois, Michel não só estará no meio-campo desse mesmo Grêmio como entrará a noite em Abu Dhabi com a missão de bloquear a criatividade de astros do quilate de Modric e Kroos. Aliás, pela primeira vez, ele atravessa o mundo para jogar uma partida de futebol. Até aportar na Arena como uma aposta, Michell transitou entre alguns clubes pequenos e outros inexpressivos. É só bater o olho em seu currículo para confirmar: São Cristóvão, Porto Alegre, que nem existe mais, Madureira, Guarani, de Palhoça, Camboriú e Grêmio Novorizontino-SP, esse o time de maior projeção, mas onde pouco jogou.

 

A carreira de Michel pegou a estrada certa a partir do Atlético-GO, onde ele chegou da mesma forma como no Grêmio, desconhecido e sem grandes expectativas. Trazia no currículo uma Série B de excelência. Em maio deste ano, já tinha lugar naquele meio-campo que considerava proibitivo para ele. O caminho até a afirmação teve as vendas de Walace, em fevereiro, o deslumbramento de Jailson com o status de titular e um trabalho físico forte para se encaixar nas exigências do Grêmio. Por exemplo, o volante deixou pelo caminho cerca de três quilos, conforme revelou Renato. Os gols em chutes de fora da área,  os desarmes e os lançamentos de 30, 40 metros garantiram mais do que lugar no time. Michel teve 80% dos direitos comprados por R$ 1,15 milhão, assinou por três anos e, de lambuja, ganhou um aumento salarial. Nada mal para quem pensava não existir lugar no time há um ano.