Edilson

Há pouco menos de um ano, Edilson postou em seu instagram uma foto das férias. Estirado em uma espreguiçadeira à beira de uma piscina, de sunga e ao lado de um amigo, ele cumprimentava a todos com a mão espalmada:

 

– Boa segunda.

 

A mensagem, claro, tinha como destinatários os colorados. Edilson é paranaense de Nova Esperança, cidade entre Paranavaí e Maringá e quase uma extensão do interior paulista. Tanto é que os rodeios e as provas de laço são as paixões do lateral-direito. Só não são maiores do que o Grêmio. Porque Edilson voltou nesta terceira passagem pelo clube  mais gremista do que nunca. A mensagem do Instagram relatada acima é só uma das tantas manifestações típicas de quem absorveu a rivalidade Gre-Nal.

 

O lateral-direito desembarcou em maio de 2016 em Porto Alegre sob desconfiança. A torcida ainda tinha na retina o jogador de potencial para ser titular, mas atuações dignas de reserva. Vice de futebol à época, Alberto Guerra, conhecia Edilson das passagens anteriores. Mas se surpreendeu com o jogador que entrou em sua sala na Arena naquele maio de 2016. Edilson estava três quilos mais magro e extremamente motivado. O que Guerra não imaginava que ele havia também virado um gremista de quatro costados.

 

Edilson se casou com uma gaúcha e criou um extenso círculo de amizades por aqui em suas passagens anteriores pelo Grêmio. Compreendia bem o cenário da bola no Rio Grande e, principalmente, as flautas dos colorados. Mais maduro aos 29 anos e com a bagagem adquirida em dois anos de Corinthians, virou uma das lideranças do vestiário e também porta-voz nas respostas aos colorados. No primeiro Gre-Nal, 1 a 0 no Beira-Rio, usou a bandeirinha de escanteio para dar resposta à valsa de Sasha. No segundo, passou do ponto e esmurrou Dourado. Os títulos da Copa do Brasil e da Libertadores só enraizaram mais tanta identificação com o Grêmio