Geromel

Na última terça-feira, quando pisou no gramado do Hazza Bin Zayed Stadium, em Al Ain, Pedro Geromel bem poderia pedir uma saudação especial do time. Há exato um ano, ele recebia no mesmo dia a Bola de Prata da ESPN, um dos prêmios mais tradicionais do futebol brasileiro, e o prêmio de melhor zagueiro do Brasileirão na eleição da CBF. Precisou até usar dois ternos diferentes. Um azul escuro, com gravata no mesmo tom, na festa da ESPN, outro preto, com gravata igualmente preta, na solenidade da CBF.

Geromel não pediu a saudação. E, se pedisse, ninguém o levaria em conta. Porque receber distinções virou uma rotina na vida do zagueiro desde que assumiu um lugar na defesa do Grêmio em 2015, ainda na Era Felipão. Neste ano, por exemplo, na véspera do embarque para o Mundial de Clubes, cumpriu a mesma agenda daquele 12 de dezembro de 2016: bola de prata da ESPN no final da manhã, prêmio de melhor zagueiro do Brasileirão à noite. Como em time que ganha não se mexe, repetiu nos eventos os ternos azul e preto – trocou as gravatas, é bom que se diga.

 

Aos 32 anos, Pedro Tonon Geromel vive seu grande momento em uma carreira construída quase toda em clubes médios e pequenos da Europa. Foi lá que acabou sendo forjado o melhor zagueiro do Brasil na atualidade. Talvez a ausência do capitão gremista seja um dos raros questionamentos sofridos por Tite em seu exitoso trabalho de resgate da Seleção Brasileira. Hoje, Marquinhos, Miranda, Thiago Silva e Jemerson são os eleitos e principais candidatos à figurar na Copa de 2018. A conquista da Libertadores deu alguns pontos para Geromel nesta corrida para a Rússia. O caminho até lá ainda parece longo para o zagueiro gremista. Mas, podem ficar certos, se tornará bem curtinho se conseguir parar Cristiano Ronaldo.