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Há um ano, Lucas Barrios ganhava um salário de sete dígitos no Palmeiras. Mas faltava algo precioso: sentir-se útil outra vez. E isso, meu amigo, nenhum dinheiro compra. Sorte do Grêmio. Depois de fechar a temporada 2016 com o título da Copa do Brasil, houve um consenso no clube de que faltava-lhe um fazedor de gols. O radar gremista foi acionado e encontrou Barrios esquecido numa geladeira no Palmeiras.

O paraguaio havia chegado em 2015. Depois de 43 partidas, 12 gols, algumas lesões e uma temporada na reserva, percebeu que era hora de deixar São Paulo. O cartaz construído no Colo-Colo, onde fez 53 gols em 58 jogos, e no Borussia Dortmund, onde marcou 49 em 102 partidas, faziam dele um nome atraente no mercado. Vários clubes bateram na porta do centroavante. O Grêmio foi um dos primeiros, ainda em dezembro. Pelo agente de Barrios, o presidente Romildo Bolzan Júnior mandou um recado direito: o Grêmio o queria e, mais do que isso, o técnico do Grêmio o queria.

 

O recado bateu como uma sinfonia no ouvido do centroavante. Principalmente, depois de uma temporada às turras com Cuca no Palmeiras. O negócio ainda demorou dois meses para ser fechado. Em fevereiro, Barrios se apresentou ao Grêmio com o simples desejo de se sentir parte de um projeto. O paraguaio baixou o salário, embora valores agregados façam o pacote todo da contratação bater em R$ 1,1 milhão mensais. Mas como ele mesmo disse em entrevista a ZH depois de fazer três gols no Guaraní-PAR, o dinheiro era o de menos. Estava com a vida ganha. O queria mesmo em Porto Alegre era ser útil. E foi. O gol contra o Botafogo, nas quartas de final da Libertadores, pagou todo o investimento feito pelo Grêmio.