Léo

Moura

Parecia que o destino de Léo Moura seria mesmo estar nos Emirados Árabes nestes dias de dezembro. Pelos dois caminhos que se apresentaram para ele na virada do ano. Se tivesse fechado com o Boavista, time de Saquarema, berço do surfe brasileiro no litoral fluminense, o lateral-direito estaria agora fazendo pré-temporada em Dubai. Mas o destino foi mais caprichoso com ele, e fez com que Valdir Espinosa, à época coordenador técnico, e Renato o levassem para o Grêmio.

 

Na virada do ano, Joel Santana recém havia assumido o Boavista e tentava convencer o lateral a reforçar o time no Carioca. Só que Léo havia feito uma boa Série A pelo Santa Cruz e estava otimista em assinar com clubes de maior expressão. Foi quando surgiu o Grêmio através de Espinosa e Renato. Fechou de imediato. Pegou a família e arrumou as malas. Previu até que teria de acrescentar no guarda-roupa casacões para encarar o inverno. Só que o primeiro ano no Grêmio não teve nada de frio. E muito de sucesso. Tanto que já renovou até o final de 2018.

 

Aos 39 anos, Léo Moura esfarelou em  campo as desconfianças em relação à idade avançada. Participou de 40 das 78 partidas do time. Manteve sempre um bom nível de atuações e fecha 2017 com uma conquista pessoal: depois de 20 anos de carreira, enfim, conquistou a Libertadores. Aliás, nunca havia chegado a uma final da competição. Disputar um Mundial, então, era uma miragem. Por isso, ele chega à decisão contra o Real Madrid com a alegria de um guri. Não só alegria, é bom frisar. O fôlego também.