Luciane Rheinheimer é mãe, agrônoma há mais de 20 anos e administradora da propriedade da família no Rio Grande do Sul. Sua trajetória no agro, no entanto, começou muito antes quando ainda era uma criança.
Essa é a história que vamos contar a seguir, com trechos baseados em uma entrevista cedida pela própria produtora, especialmente para o Dia das Mães. Continue lendo!
Durante toda sua vida, Luciane morou em uma região predominantemente agrícola, com grande parte da economia e dos trabalhos vindos das lavouras. Esse, por sinal, era o caso do seu pai, que tinha uma propriedade rural no Sul. Entre uma e outra ida ao campo, levava sua filha para conhecer seu trabalho no campo.
E foi assim que Luciane, como você deve ter percebido, cresceu no agro e nos conta que sempre se identificou bastante com ele. Tanto que, em 1996, já estava se formando em agronomia e começava a carreira como assistente-técnica de campo em uma cooperativa bastante conhecida do setor.
Ao todo, foram 13 anos exercendo essa profissão, conhecendo muitas propriedades, produtores, profissionais da área e seus métodos de trabalho. E nesse tempo, percebendo que em muitas ocasiões, poderia olhar de uma maneira diferente para o planejamento, a organização e a administração dessas propriedades.
Anos mais tarde, com a repentina morte de seu pai, Luciane junto com as duas irmãs e a mãe teve que assumir a propriedade da família. Com esse novo desafio em vista veio a oportunidade de colocar em prática as análises herdadas de seus anos de trabalho no mercado – uma administração organizada e bem planejada, tendo a oportunidade de aplicar muito do que aprendeu até então.
Segundo Luciane, para assumir o negócio dessa forma: “Você precisa erguer a cabeça e ir em frente. Se você tem informação, conhecimento e segurança do que está fazendo você faz”.
Hoje, ela vê que o espaço das mulheres no agro está aumentando e também sente o setor mais receptivo, mas reconhece que existem mulheres que ainda estão mais retraídas, mas buscando seu espaço: “Eu acredito que a dedicação, o conhecimento e a oportunidade fazem a diferença. E foco no negócio é muito importante. Se soubermos o que estamos fazendo, trabalhamos de igual para igual”, analisa.
Além de cuidar da lavoura, Luciane é casada e tem duas filhas, uma de 12 e outra de 8. Elas, assim como nossa protagonista, acompanham a mãe em suas idas ao campo e são, segundo a entrevistada, um grande incentivo: “A experiência como mãe faz a gente lutar pelo que a gente quer. Até para dar exemplo para minhas filhas, o quanto fazer o que a gente gosta é gratificante. Sinto que minhas filhas ficam orgulhosas e felizes em ver a mãe fazendo o que gosta. Elas ainda são muito jovens e vão seguir as profissões de suas preferências, mas elas sempre me acompanham em tudo que faço”.
E é assim, com dedicação, responsabilidade e amor ao agro, à terra e as pessoas à sua volta que Luciane garante o futuro da sua lavoura, e da sua família e do agro.
Feliz Dia das Mães!