A percepção geral dos moradores da região é que Porto Alegre está entre as grandes capitais brasileiras. A região transmite a imagem de estar se atualizando nos últimos anos, em sintonia com o que acontece no eixo RJ-SP. O local parece viver um momento de transformação, de abertura ao novo, no qual os cidadãos de diferentes perfis entram em contato com as mudanças que acontecem em lazer, cultura, arte, tecnologia e emprego.

Os moradores da Serra se sentem próximos a Porto Alegre não somente pela localização geográfica, mas por não se consideram do interior. Além disso, as grandes empresas da região parecem contribuir de maneira significativa para evidenciar a importância de se abrir ao novo. O trabalho acaba gerando novas oportunidades de conhecer o mundo.

As regiões se apresentam como locais que oferecem boa qualidade de vida para as pessoas, com hospitais que são referência, comércio considerado de alto padrão e presença de universidades. De acordo com os resultados da pesquisa, a abertura ao novo tem acontecido de forma gradual, a partir do reconhecimento de que as mudanças podem trazer ganhos no dia a dia e nas oportunidades de crescimento profissional e pessoal. O novo, portanto, é bem-vindo.

A forte presença de italianos e alemães exerce uma influência direta nos valores da região, principalmente quanto à importância do trabalho. As manifestações de afeto mais evidentes se dão por meio da comida. Na região, a questão geracional aparece como influenciador importante na abertura ao novo: observa-se um movimento especialmente junto às gerações mais jovens. Os mais velhos parecem ainda estar mais apegados às tradições, inclusive de suas origens.

No centro do Estado, a tradição convive com o desejo de pertencer a uma cidade moderna. As pessoas reconhecem a importância de se adaptar às mudanças impostas pela contemporaneidade. Os locais recebem pessoas de várias cidades e de outros Estados. Assim, observa-se vivacidade na relação da população desta região com o novo, que já faz parte do dia a dia. Tanto o mais velho quanto o mais novo reconhecem que as gerações receberam educações diferentes, mas hoje há o entendimento de que é preciso evoluir.

Apresenta-se como uma cidade multicultural, recebendo o reconhecimento de pessoas que vieram de diversos lugares do Brasil. Por ser portuária, recebe uma grande quantidade de pessoas de fora. Pelotas tem ritmo e cores próprios. Os moradores são abertos e parecem viver com entusiasmo a abertura ao novo, de acordo com o Persona. Não há radicalismo: observam e assimilam as novidades que chegam até a cidade e cada um – crescendo com as oportunidades.

A fronteira parece despertar nas pessoas a responsabilidade de guardiãs da tradição – principalmente junto às gerações mais velhas, que demonstram maior envolvimento com as histórias de lutas pela terra. O morador da Fronteira Oeste está atento às mudanças. Reconhece a importância de se abrir ao novo, mas é cuidadoso, para preservar valores que considera fundamentais na identidade gaúcha.