NOVA PONTE DO GUAÍBA: UMA DÉCADA DE ESPERA POR CONCLUSÃO

Um ano depois do começo, as obras da nova ponte do Guaíba estão 23% concluídas, de acordo com o consórcio responsável.

O Dnit anuncia o prazo final de 2018 para o término da nova ponte.

Ano em que as obras devem ficar prontas, o que não acontece devido a atrasos e demora na remoção das famílias que moram no entorno.

Em novembro, a construção atinge 74,4% de conclusão.

Empresa contratada pelo Dnit para supervisionar a obra detecta que parte da elevada entre a Ilha Grande dos Marinheiros e a Ilha do Pavão foi feita 44cm mais baixa do que deveria, acarretando em risco de uma elevação das águas invadir a ponte e ela ser interditada. O Dnit disse que melhoria no projeto estava em estudo e eventual alteração não geraria custos adicionais. A obra atinge 84% de conclusão.

A nova ponte do Guaíba é entregue parcialmente concluída pelo presidente Jair Bolsonaro em dezembro. Faltam quatro alças em Porto Alegre. O Dnit alega que os reassentamentos das famílias não ocorreram em razão das medidas preventivas ao coronavírus, que inviabilizaram a realização de audiências públicas e outros trâmites obrigatórios. Os valores também já são outros, com previsão total de R$ 820.173.527,50.

Em janeiro, cerca de 300 funcionários da construtora Queiroz Galvão são demitidos, sem serviços a serem realizados. Em 11 de fevereiro, o Dnit assina atualização de contrato com a construtora. No aditivo, o prazo do fim da obra é alterado para abril de 2021. O plano do então ministro Tarcísio Gomes de Freitas era repassar a obra para a iniciativa privada. Entraria num pacote de concessão que incluiria a BR-116 Sul e a BR-290 a partir de Eldorado do Sul.

O número de famílias que esperam ser reassentadas quase dobra durante a pandemia de covid-19. Eram mais de 600 cadastradas antes do início das obras e agora superam os mil que aguardam transferência, segundo estimam moradores.

Em março, R$ 84 milhões são destinados para a construção da nova ponte. Porém, R$ 74 milhões são redirecionados para outras obras em andamento.

Em abril, o novo governo federal aloca R$ 83 milhões para a obra, verba que antes não existia. Antes, ao menos 400 famílias que vivem em locais próximos aos pontos onde as alças têm de ser construídas precisam ser removidas, o que demandaria investimento de mais R$ 100 milhões. O contrato que existia com a empreiteira responsável pela execução da obra está expirado há mais de um ano e meio.

Em agosto, as obras são incluídas no Novo PAC, anunciado pelo governo Lula. A nova ponte entra no repasse de rodovias à iniciativa privada: BR-290, BR-116, BR-158 e BR-392. A execução das alças restantes da nova ponte será realizada, segundo a previsão do projeto, no quarto ano desta futura concessão.

Obra ainda precisa da conclusão de quatro alças e famílias esperam por reassentamento. As obras estão 97% concluídas, conforme o Dnit.