Epidemias na história

Veja algumas das principais epidemias e pandemias que atingiram a humanidade, e o número de mortos que deixaram

Peste Antonina(165 – 180)

5 milhões
Contribuiu para desestabilizar o Império Romano, tamanho o impacto social e econômico, o que culminaria na desintegração da parte oriental. Pelas descrições dos sintomas da época, acredita-se que tenha sido causada pela varíola.

Praga de Justiniano (541-542)

30 a 50 milhões
Com origem na China e na Índia, a doença (provocada pelo bacilo da peste bubônica) enfraqueceu o Império Bizantino. Estima-se que 5 mil a 10 mil pessoas morreram por dia em Constantinopla, atual Istambul.

Varíola japonesa (735-737)

1 milhão
Disseminada por um maior intercâmbio entre o Japão e o continente, teria vitimado perto de um terço da população da ilha.

Peste Negra (1347-1351)

200 milhões
Considerada a pior pandemia já vista, só na Europa teria matado algo perto de um terço da população. A peste bubônica trouxe grandes alterações sociais e contribuiu para acabar com o sistema de servidão imposto aos camponeses à época. A prática de quarentena ganhou força como medida preventiva.

Varíola (1520)

56 milhões
A doença foi trazida à América pelos espanhóis e teve um impacto devastador sobre a população local. Outras epidemias se seguiram e tiveram consequências significativas no processo de conquista do continente.

Grandes pestes (Séc. 17 e 18)

3,6 milhões
Uma série de epidemias varreu cidades europeias ao longo de praticamente dois séculos, chamadas genericamente de “grandes pestes”.

Cólera (1817-1923)

1 milhão
A primeira pandemia se estendeu do Vale do Ganges (Índia) ao norte da África e outras regiões da Ásia. Os russos acabaram levando a doença para a Europa. Até 1923, a bactéria provocaria seis pandemias.

Terceira pandemia (1855)

12 milhões
Depois das pestes de Justiniano e Negra, uma terceira onda do bacilo da Peste Bubônica se espalhou da China para o mundo com a expansão do transporte marítimo (que substituiu barcos a vela por vapor).

Febre amarela (final séc. 19)

150 mil
O Brasil foi um dos países mais afetados pela doença, principalmente depois que um navio supostamente contaminado chegou ao Rio em 1849. Cerca de 4 mil dos 266 mil habitantes da cidade teriam morrido, o que reforçou investimentos em políticas de higienização no país.

Gripe russa (1889-1890)

1,5 milhão
Teria começado no atual Uzbequistão e se espalhou por Europa, Ásia, África e América. No Brasil, o imperador D.Pedro II teria contraído o vírus H2N2.

Gripe espanhola (1918-1919)

50 milhões
Apesar do nome, sua origem é controversa. Sem tratamento, o H1N1 foi combatido com quarentenas, higiene e alívio dos sintomas. Inclusive no Brasil, cidades ficaram esvaziadas, e os necrotérios, lotados. Eleito presidente, Rodrigues Alves morreu antes de assumir o mandato.

Gripe asiática (1957-1958)

1 milhão a 4 milhões
Quatro décadas após o trauma provocado pela gripe espanhola, outro vírus influenza, o H2N2, voltou a provocar uma pandemia. Avançou do norte da China para Ásia, Oceania, África, Europa e EUA por terra e mar. A recorrência de infecções respiratórias criaria uma cultura de prevenção como uso de máscaras em países da Ásia.

Gripe de Hong Kong (1968-1970)

1 milhão a 4 milhões
A quarta pandemia de gripe desde o final do século 19 foi provocada por outra variante do vírus influenza, o H3N2. Transmitido por aves, foi mortal principalmente em Hong Kong, onde surgiu, e nos EUA. A maior integração por via aérea facilitou a disseminação.

HIV/Aids (1981- hoje)

32 milhões
Transmitido por alguns fluidos corporais como sangue ou sêmen, o HIV já provocou mais de 30 milhões de mortes e segue como uma ameaça apesar de avanços no tratamento. Segundo a OMS, 770 mil pessoas morreram por complicações da Aids em 2018. Provorou mudanças comportamentais do ponto de vista sexual e disseminação do uso de preservativos.

Gripe A (2009-2010)

100 mil a 400 mil
Embora a conta oficial preliminar fosse de 18,5 mil mortes, a OMS estima que o total de vítimas do H1N1 pode ter superado 100 mil. Pela primeira vez, uma vacina foi criada e distribuída ainda no primeiro ano de pandemia. Ampliou-se colaboração internacional no combate a epidemias e pandemias.

Ebola (2014-2016)

11,3 mil
A epidemia mais grave dessa doença já registrada teve início na África e se espalhou por países como Guiné, Libéria e Serra Leoa. Altamente letal, estima-se que provoque a morte de 50% dos infectados, em média.

Coronavírus (2019)

11 mil até sexta-feira (20)
Surgida na China, a variação do coronavírus segue se alastrando em ritmo acelerado em todos os continentes. Países determinam restrições de circulação, aglomerações e funcionamento de escolas e comércio.

Fontes: OMS, CDC, Fórum Econômico Mundial, Encyclopedia Britannica, Agência Fiocruz