Uso da cloroquina

Jair Bolsonaro

Defende o uso da hidroxicloroquina desde o início da doença. Ele alega que conversou com pesquisadores, médicos e chefes de Estado de outros países para recomendar a substância. Em pronunciamento feito no dia 8 de abril, saudou o médico Roberto Kalil por ter tomado cloroquina em seu tratamento.
Sobre Kalil, o pneumologista Carlos Carvalho, que atendeu Kalil, disse, para a Folha de S. Paulo, que não é possível afirmar que foi a cloroquina que ajudou o cardiologista.

Prefeitura de São Paulo

A prefeitura de São Paulo anunciou, no dia 9 de abril, que vai adotar a cloroquina como tratamento para covid-19. O prefeito, Bruno Covas, não especificou para quais casos o medicamento será utilizado, porém afirmou que ele só será administrado com prescrição médica e com a devida autorização do paciente ou de sua família.

Conselho de Medicina do Amazonas

O órgão publicou um documento, no dia 9 de abril, recomendando que os médicos que tratam pacientes com coronavírus possam indicar a cloroquina e a hidroxicloroquina em pacientes com casos leves, moderados e graves de pneumonia provocada pelo vírus. A orientação é que os profissionais meçam os riscos e informem o paciente sobre o diagnóstico, prognóstico, riscos e objetivos do tratamento.

Pesquisadores

O grupo intitulado Docentes Pela Liberdade fez uma carta endereçada a Mandetta na qual elenca a importância da liberação da cloroquina e da hidroxicloroquina para pacientes não graves. Elaborado por 31 médicos e pequisadores, o texto diz "E haveria tempo suficiente para esperar por uma resposta, definitiva e consensual, de uma comunidade científica?", criticando a postura do ministro ao argumentar falta de comprovação no uso para pacientes não graves da covid-19.

Estados Unidos

Donald Trump tem, com frequência, mencionado a hidroxicloroquina como tratamento para a doença. Um texto do The Washington Post tentou, inclusive, explicar a "obsessão" do presidente com a substância.

Luiz Henrique Mandetta

Embora o Ministério da Saúde tenha autorizado, no fim de março, o uso rigoroso da cloroquina e da hidroxicloroquina para pacientes graves, o ministro reforça que não há evidências para indicar as substâncias para pacientes leves, como defendem alguns especialistas.

Sociedade Brasileira de Infectologia

Mantém o posicionamento divulgado em 22 março, no qual ressalta que os estudos com hidroxicloroquina, até o momento, são muito fracos. Também reforça que não há nenhum medicamento comprovadamente seguro contra a covid-19 e considera "o uso da hidroxicloroquina para tratamento da covid-19 como uma "terapia de salvamento experimental". Seu uso deve ser individualizado e avaliado pelo médico prescritor, preferencialmente com a participação de um infectologista, avaliando seus possíveis efeitos colaterais e eventuais benefícios".

Estados Unidos

O Food and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), autorizou o uso da cloroquina em determinados pacientes, desde que eles concordem com o tratamento. Recomendou uma dosagem específica, mas alertou que "A dosagem ideal e o tempo de tratamento para a covid-19 são desconhecidos".

França

Também autoriza o uso somente em pacientes graves. Uma petição online busca assinaturas para ampliar a prescrição. Conforme a francesa RFI, na dia 6 de abril, três respeitados médicos franceses se manifestaram favoráveis à liberação das substâncias para pacientes leves.

Bélgica

Limita o uso das substâncias apenas para pacientes hospitalizados, sem especificar nada sobre gravidade.

Suécia

Conforme a publicação NewsWeek, diversos hospitais da Suécia deixaram de administrar cloroquina em função dos efeitos colaterais reportados. Um homem de 40 anos relatou a um jornal local, o Expressen, que perdeu a visão periférica, sentiu muitas cãibras e dores de cabeça após ser medicado com a substância