Crise no DML de Porto Alegre

Câmara Fria

O compartimento refrigerado onde os corpos são aguardados à espera de identificação ou reconhecimento está superlotado. Há 54 gavetas, mas, na sexta-feira, havia 76 cadáveres no local, muitos deles na antecâmara. As gavetas são velhas e apresentam ferrugem, inviabilizando a movimentação. A energia elétrica é instável. O local é escuro e úmido, o que favorece a proliferação de fungos e larvas. A superlotação dificulta a localização de corpos para necropsia. A temperatura era de 13,7ºC e 18,6ºC na segunda-feira, inadequada para a conservação dos cadáveres. Há uma cama de chorume no piso. Devido ao mau cheiro, funcionários evitam abrir a porta.

Macas

Corpos recém chegados e cuja necropsia é feita no mesmo dia aguardam em macas nos corredores.

Cozinha

A pia da área reservada a confraternizações dos funcionários não tem cano de escoamento. Um balde é usado no local.

Corredor

O revestimento do piso está descascado em razão do deslocamento das macas, expondo cimento. Há umidade nas paredes. Corpos recém chegados e cuja necropsia é feita no mesmo dia aguardam em macas nos corredores.

Sala de necropsia

O local onde são feitas as necropsias conta com quatro mesas, mas apenas três são utilizadas. Um aparelho que faz as vezes de scanner para localização de projetis está inoperante devido à instalação elétrica precária. O revestimento do piso está descascado, expondo cimento. O ralo entope com frequência, transbordando resíduos humanos.

Equipamento

Um equipamento semelhante a um escâner facilitaria o trabalho dos peritos na localização dos projetis. O aparelho está inoperante devido à instalação de energia elétrica da edificação, que não comporta a carga.