Como é feita a plastinação
Como uma técnica moderna de mumificação, a plastinação permite preservar corpos para a posteridade. O procedimento, realizado desde 1970, consiste em trocar a água e a gordura dos tecidos por polímeros, que permitem o enrijecimento do cadáver enquanto mantêm a maleabilidade.

1) Dissecação

Para evitar a decomposição, o primeiro passo consiste em embeber o corpo com uma solução de formol, que é bombeada pelas artérias logo após a morte. Depois, com ferramentas de dissecação, são removidos pele e gordura. O objetivo é preparar os órgãos que ficarão expostos – portanto, nesse momento, já é preciso saber a posição final do corpo.

2) Desidratação

Todos os líquidos do corpo são removidos em um banho. A dissolução é realizada em uma banheira cheia de acetona, que absorve e dilui a água presente nas células. Esse processo, chamado de difusão, também evita o ataque de bactérias.

3) Plastinação

O segundo processo é o que define a plastinação: em uma câmara de vácuo, uma solução de polímero – geralmente de silicone – gradualmente preenche o espaço deixado nas células pela acetona até o nível celular mais profundo.

4) Posicionamento

Depois de preenchido com o polímero, o corpo é posicionado conforme planejado. Órgãos, músculos, ossos e os tecidos remanescentes devem ser alinhados pelos plastinadores, o que é feito com cordas, barbantes, agulhas e blocos. Ao sair da câmara, o corpo já está preservado, mas ainda não enrijecido.

5) Endurecimento

O último passo é enrijecer o corpo, o que é feito com calor, com gás ou através do uso de luzes, dependendo do polímero utilizado. É preciso esperar dias até que o corpo fique seco e pronto para exposição. A plastinação de um corpo humano inteiro demanda aproximadamente um ano e meio de trabalho