O CELULAR DE IEMANJÁ

Já me sentia como algo trazido pela maré, no último dia de pedalada, 8 de fevereiro. Em Torres, nossa meta final era pegar o nascer do sol na Praia da Guarita. Acordamos às 5h e nos deslocamos para lá. A escuridão da madrugada fez com que nos perdêssemos. Quando o sol surgiu, achamos uma trilha de escadas até o maior morro de Torres. Subimos 126 degraus até o topo, carregando as bicicletas nas costas.

Foi a primeira vez ao longa da viagem que vi o sol nascer. Tive a sorte de fazer isto em um dos lugares mais bonitos do Rio Grande do Sul, com as ondas do mar como trilha sonora. Ficamos cerca de uma hora contemplando o espetáculo.

Para finalizar, pedalamos por toda a orla de Torres até Santa Catarina, nos Molhes da Barra. Entrei novamente com a bicicleta no mar. Levei o último tombo da jornada, desta vez em pleno Atlântico. Percebi que meu celular havia mergulhado comigo. Apagou na hora.

 

Não lamentei. Ficou como uma espécie de oferenda para Iemanjá pelo sucesso da viagem.

17,9km

percorridos

1h32

pedalando

7º dia

de viagem

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