Foto: Guilherme Artigas, Estadão Conteúdo, BD

Ramiro, o gol a jato

Kannemann bateu falta pela esquerda, Lucas Barrios desviou com uma "casquinha" de cabeça e encontrou Pedro Rocha atrás dos zagueiros do Godoy Cruz, pelo lado esquerdo. Rápido, o atacante tomou a dianteira em relação a dois perplexos marcadores, conduziu a bola com o peito, chegou ao limite do campo e cruzou forte, em diagonal, na direção de Ramiro, que chegava por trás dos zagueiros e completou para a rede. A bola só rolava havia 44 segundos e o Grêmio já abria caminho para ganhar o jogo de volta, em Mendoza, pelas oitavas de final.

 

– Essa jogada não é por acaso. Não fechamos os portões à toa. Fizemos esse e muitos outros ensaios. Temos que tirar proveito do Barrios, que é um jogador alto – detalhou Renato, depois da partida.

 

– Foi um trabalho coletivo, desde o início da jogada. Treinamos bastante essa " casquinha" do Barrios. Todos acreditaram na jogada – disse Ramiro.

 

Já em 2013, em sua segunda passagem como técnico do Grêmio, Renato havia escolhido o pequeno Ramiro como um de seus homens de confiança. Em setembro de 2016, ao ser trazido para o lugar de Roger Machado, o técnico buscou no volante o substituto de Giuliano como o extrema direita de sua linha de três armadores. A resposta veio em forma de assistência e gols.  Já são 11 na temporada, a mesma marca de atacantes como Pedro Rocha, Fernandinho e Everton.

A frequência com que está em campo é outra marca de Ramiro. Dia 15, contra o São Paulo, foi homenageado ao completar 200 jogos pelo clube. Um dos recordistas de partidas na temporada, costuma dizer não quando fisiologistas o orientam a se preservar quanto a lesões musculares.

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TEXTOS

Luís Henrique Benfica

Marco Souza

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André Baibich

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Amanda Khal de Souza

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