Foto: Félix Zucco, BD
Jael, a surpresa
Um lance, apenas um, pode definir a trajetória de um jogador de futebol. E nem sempre é um gol, mesmo que se fale de um centroavante.
Jael sabe bem. Criticado, contestado, por vezes vítima de chacota, o centroavante indicado por Renato, com quem trabalhou no Bahia, talvez nunca imaginasse que uma simples escorada fosse suficiente para que passasse de vilão a herói.
Foi aos 37 minutos do segundo tempo da primeira partida da decisão. Um jogo difícil, muito disputado, em que o Grêmio precisou de Marcelo Grohe para manter o 0 a 0 no placar. E certamente houve quem protestasse nas cadeiras da Arena quando Renato chamou o centroavante para entrar.
Mas ele estava pronto. Segurou os zagueiros, fez o pivô, participou intensamente da busca gremista pelo gol da vitória. E foi coroado com a assistência. A bola que veio de longe, lá do meio-campo, cruzada por Edilson, tinha endereço certo.
Jael ajeitou o corpanzil no ar e, com a cabeça, deu um passe tão preciso quanto os que Luan costuma acertar com os pés. Cícero só teve o trabalho de bater na saída do goleiro Andrada. E o centroavante só não foi mais protagonista porque a arbitragem não deixou, ignorando o pênalti que sofreu nos acréscimos, que poderia ter ampliado a vantagem tricolor.
No fim, não precisou. E Jael já tinha seu nome inscrito na trajetória gremista rumo ao tri. Bastou uma escorada cirúrgica em um momento decisivo.
CAPA >
TEXTOS
Luís Henrique Benfica
Marco Souza
EDIÇÃO
André Baibich
Diego Araújo
DESIGN
Amanda Khal de Souza
Melina Gasperini