Foto: Fernando Gomes, BD

Marcelo Grohe, a defesa

Antes de ganhar a América, Marcelo Grohe conquistou o Mundo. Tudo pela repercussão de uma das maiores defesas da história da competição. Aos quatro minutos do segundo tempo da partida de ida das semifinais, Ariel se armou para marcar o gol que recolocaria o Barcelona-EQU no jogo. Mas com o braço direito, o goleiro impediu o 2 a 1, um resultado perigoso. Nos oito segundos entre o cruzamento que veio do lado direito até o ex-centroavante colorado Ariel desferir o chute, à queima-roupa, Grohe acompanhou a movimentação e se atirou sem medo na bola. Com o pulso direito, o primeiro contato com a bola é feito. Mesmo caindo, Marcelo mostrou reflexo e usou a mão esquerda para evitar que o rebote se oferecesse com ele caído.

 

Ariel, incrédulo, olhou ao redor e colocou as mãos na cabeça. A cena é repetida por milhares de torcedores do Barcelona-EQU, que ficam sem reação. Com a defesa garantida, Grohe recebeu tapinhas nas costas de Edílson. Kannemann se aproximou e também parabenizou  o goleiro. Com expressão de dor, o camisa 1 caminhou  alguns passos e deu um chutão pela linha lateral para receber atendimento médico e esfriar a pressão equatoriana.

 

Dois minutos depois da maior defesa da Libertadores, Marcelo Grohe comemorou em êxtase. Mas, desta vez apenas como espectador. Como se fosse dele, o goleiro vibrou com o gol marcado por Luan, após linda jogada individual de Edílson. Uma goleada que deu tranquilidade para garantir a vaga à final da Libertadores com uma confortável vantagem.

 

– Foi muito rápido, a bola passou por todo mundo. Vi o Ariel sozinho, aí pensei em fazer o que eu fiz, me jogar. Não tinha muito o que fazer. Estava quase dentro do gol, consegui me atirar - contou, na saída do vestiário após a partida.

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Luís Henrique Benfica

Marco Souza

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André Baibich

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