Foto: Félix Zucco, BD

Geromel, o general

Com sua velocidade, posicionamento e inteligência, Geromel foi o general do sistema defensivo.

 

O retorno ao time no jogo de volta contra o Botafogo não deu mostras de que o parceiro de Kannemann passou 35 dias longe dos gramados, tratando de uma lesão muscular.

O Grêmio encontrou em Geromel uma das peças fundamentais para reconquistar novos títulos. Além da referência técnica, o zagueiro é um dos líderes do vestiário e homem de confiança de Renato Portaluppi.

 

Apesar das boas atuações de Bressan, o substituto escolhido por Renato, faltava algo ao sistema defensivo e ao time. A importância de Geromel era tanta que a sua ausência do zagueiro era mais lamentada do que a de Luan nos bastidores da Arena. Não só pela questão técnica, mas pela liderança exercida no vestiário e ascendência sobre o grupo. Um tipo diferente de capitão do que se espera tradicionalmente de um zagueiro. Com ele, nada de discursos inflamados ou momentos de acessos de fúria.

 

A liderança de Geromel é pelo seu modo de se portar, dentro e fora do gramado. De fala tranquila e vida reservada, o defensor – desnecessário – serve de exemplo por sua dedicação constante. Em Treino ou jogo decisivo, a forma de agir do jogador é igual. E esse foi um trunfo do Grêmio nesta Libertadores.

 

– Minha carreira foi construída na Europa. Com 27 anos, aqui no Brasil, ninguém me conhecia. Tanto que, quando vim para o Grêmio, fui criticado. Nem tive chance de jogar e já fui cobrado porque, claro, vir para time grande, jogador desconhecido. Nunca imaginei jogar uma Libertadores. Com 17 anos eu estava lá, rodando. Pensei que nunca poderia ter a chance de jogar em um time grande do Brasil. Estar aqui, hoje, é um sonho – comemorou, na véspera da primeira partida das finais.

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TEXTOS

Luís Henrique Benfica

Marco Souza

EDIÇÃO

André Baibich

Diego Araújo

DESIGN

Amanda Khal de Souza

Melina Gasperini