Foto: Rodrigo Buendia, AFP, BD

Edilson, o canhão de Guayaquil

O gol de Luan, marcado logo a sete minutos, já havia desnorteado o Barcelona-EQU na quente  noite de 25 de outubro, em Guayaquil, na abertura da semifinal da Libertadores. O time equatoriano, ainda assim, começava a ensaiar uma perigosa reação, apoiado por cerca de 40 mil torcedores. Foi a vez, então, de Edilson dar o golpe fatal. Aos 20 minutos, em um chute improvável, quase sem elevação, em que a bola passou ao lado esquerdo da barreira e pegou o goleiro Banguera no contrapé, o lateral direito de 31 anos deixou encaminhada uma vantagem que seria irreversível.

 

– Vi que o goleiro colocou a barreira para a direita e deu espaço. Fui inteligente em observar – contou Edilson, depois da partida.

 

Trazido de volta pelo Grêmio em maio de 2016, vindo do Corinthians, o lateral tinha como motivação apagar a imagem de jogador indisciplinado que havia restado de 2010, em sua primeira passagem. Fez bem mais do que isso. Desde o começo, assumiu o papel de líder em campo e porta-voz da torcida, o que ficou realçado no Gre-Nal de 3 de julho, no Beira-Rio, em que arrancou uma das bandeirinhas de escanteio e dançou na beira do gramado. Sua resposta ao colorado Sasha, que havia dançado a valsa dos 15 anos quando o Inter sagrou-se hexacampeão gaúcho, ironizando o período sem conquistas do rival, agradou em cheio aos torcedores.

 

Em 2017, Edilson viveu uma temporada irregular. Quando o ano se iniciou, ainda convalescia de artroscopia no joelho direito, realizada durante as férias. Só conseguiu jogar a primeira vez dia 25 de março, na goleada de 4 a 0 contra o Juventude, na Arena, pelo Gauchão.

 

O sacrifício da espera foi plenamente justificado nos meses seguintes. Edilson chega ao fim de 2017 com quatro gols marcados e a faixa de campeão da Libertadores no peito.

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Luís Henrique Benfica

Marco Souza

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André Baibich

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