As lembranças do Tri

Em 29 de novembro de 2017, o Grêmio foi a La Fortaleza, na Argentina, e venceu o Lanús por 2 a 1 para conquistar a Libertadores pela terceira vez na sua história.

Edição:
Antonio Collar
Produção:
Filipe Duarte
Desenvolvimento:
Anna Fernandes
Brunno Lorenzoni

1983, 1995 e 2017. Há exatamente um ano, o Grêmio colocava seu distintivo na taça da Libertadores da América. Com um futebol envolvente, mas sem deixar de ser aguerrido como manda sua história, o Tricolor superou venezuelanos, chilenos, paraguaios, cariocas, equatorianos e argentinos para, enfim, decretar-se dono do continente pela terceira vez.

A grande campanha, que vergou adversários dentro e fora da Arena, foi encerrada com uma vitória incontestável diante de um surpreendente Lanús. Com o passar do tempo, os personagens desta conquista serão ainda mais festejados, como o ídolo Renato Portaluppi, que voltou para se tornar o primeiro brasileiro a vencer o torneio como atleta e treinador. Momentos que entraram para a história.

Para recordar a conquista, pedimos para quatro jogadores do elenco de 2017 elegerem o momento que consideram o mais marcante ao longo da campanha tricolor. Os escolhidos foram os volantes Arthur e Jailson e os atacantes Fernandinho e Lucas Barrios.

Lembranças

Confira o depoimento dos jogadores Arthur, Jailson, Fernandinho e Barrios

Arthur

Arthur

Jailson

Jailson

fernandinho

Fernandinho

Barrios

Lucas Barrios

Arthur

meio-campo

Nos últimos tempos, tornou-se natural ver Arthur vestindo as camisas do Barcelona e da Seleção Brasileira. Mas foi na Libertadores de 2017 que o jovem volante despontou para o futebol. Com a lesão do capitão Maicon, o garoto, então com 21 anos, transformou-se no regente do meio-campo gremista e não se intimidou nem diante da catimba argentina.

– Meu momento marcante foi quando o juiz apitou o final do jogo contra o Lanús, porque eu já tinha imaginado esta cena muitas e muitas vezes na minha cabeça. E quando se realizou este fato incrível, eu lembro de cada segundo, porque era algo que eu desejava muito — relatou Arthur direto da Catalunha.

Arthur

Jailson

meio-campo

Hoje no Fenerbahçe, da Turquia, o volante Jailson não foi um titular absoluto na campanha da Libertadores. Com as lesões de Maicon e Michel, o atleta, trazido do Guarany de Bagé para reforçar as categorias de base, ganhou espaço justamente na reta final. Por isso, para ele, mais do que a grande decisão contra o Lanús, na Argentina, o jogo mais emblemático foi a vitória contra o Barcelona de Guayaquil, no Equador, pelo jogo de ida da semifinal.

– Acho que o momento mais marcante foi a semifinal, contra o Barcelona de Guayaquil, fora de casa. Foi um jogo que gerou uma expectativa muito grande em todos nós e, quando fiquei sabendo que eu iria jogar, criou mais expectativa ainda. Quando começou o jogo, estava bastante complicado, mas logo depois a gente conseguiu fazer um gol, vencemos por 3 a 0 e demos um grande passo para a final.

Jailson

Fernandinho

atacante

Fernandinho chegou ao Grêmio ainda em 2014. Mas levou três anos para, de fato, virar titular da equipe. Neste período, ainda foi emprestado ao Hellas Verona, da Itália, e ao Flamengo. A pedido do técnico Renato Portaluppi, voltou a Porto Alegre, mas assistiu do banco de reservas os primeiros jogos da Libertadores.

Com a venda de Pedro Rocha ao Spartak Moscou, da Rússia, na metade do ano, o experiente atacante ganhou a tão sonhada vaga na equipe. E não havia maneira melhor de retribuir a confiança do comandante senão com um gol na decisão do torneio, na vitória de 2 a 1 sobre o Lanús, na Argentina.

– Sem dúvida nenhuma, o jogo mais importante foi contra o Lanús, o jogo da final. Uma equipe chata, difícil, que estava jogando um futebol bonito também. Tinha a adrenalina, responsabilidade, e tudo que envolve uma final de Libertadores, vestindo a camisa de um gigante do futebol sul-americano, que é o Grêmio — relembra Fernandinho, que passa férias no Brasil depois de uma temporada no Chongqing Lifan, da China.

Fernandinho

Lucas Barrios

atacante

Argentino naturalizado paraguaio, Lucas Barrios já chegou experiente em Porto Alegre. Aos 32 anos de idade, o centrovante tinha em seu currículo títulos conquistados na Alemanha, com o Borussia Dortmund, na China, com o Guangzhou Evergrande, além do Brasileirão e Copa do Brasil, com o Palmeiras. Faltava a Libertadores, que veio com o Grêmio.

– Foi muito boa a experiência de ganhar a Libertadores. Foi única. Fico muito feliz de fazer parte desse time. Depois do jogo na Argentina, fomos embora para o aeroporto e queríamos voltar logo para Porto Alegre. Ficamos três horas esperando para sair o voo e ficamos comemorando dentro do avião — relembra ele, que hoje veste a camisa do Colo-Colo, no Chile.

Com seis gols marcados na competição, Barrios foi importantíssimo para equipe. Porém, nenhum dos gols teve mais peso do que o anotado diante do Botafogo, no jogo de volta das quartas de final: 1 a 0, na Arena.

– A lembrança que tenho é a torcida gritando meu nome quando fui substituído. Não vou esquecer jamais, porque foi um jogo que decidiu muito para a gente. Conseguimos fazer história, passar à semifinal, e eu havia feito o gol. Ouvir a torcida cantando meu nome foi muito importante e me fez ter a certeza de que fiz as coisas bem feitas no Grêmio. Mesmo de longe, sempre vou torcer pelo Grêmio, e fico feliz que eles (torcedores) tenham uma carinho especial por mim.

Lucas Barrios

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