IMAGENS DO ANO
kai pfaffenbach, reuters, bd
F

Jefferson Botega

jefferson.botega@zerohora.com.br

O peso e

a leveza

oi um ano pesado, cheio de coisas que atravancaram o andar normal dos dias, pleno de imagens que marcaram nossas retinas para o bem e para o mal. Para o bem e para o mal. Por isso, não havia como escolher apenas uma imagem para simbolizar 2016. Elegi duas: primeiro, a que Mahmoud Raslan fez de Omran Daqneesh, um menino sírio de cinco anos, coberto de poeira e sangue, sentado em uma ambulância depois de ser resgatado dos escombros de um edifício atingido por um ataque aéreo no bairro rebelde de Qaterji, na cidade de Aleppo, em 17 de agosto de 2016. Uma foto dura, triste, retrato de uma realidade que nos tira do conforto. A outra imagem foi captada dois dias antes, na Olimpíada do Rio, por Kai Pfaffenbach: o velocista Usain Bolt corre e sorri na semifinal dos 100m rasos. A prova de que o homem mais rápido do mundo consegue entrar em uma disputa com uma leveza incomum. O jamaicano passeia enquanto trabalha – sim, esse é seu trabalho, e ele o faz como se estivesse flutuando sobre as nuvens. E é essa a mensagem a passar: mesmo em momentos tensos, devemos sorrir, tentar levar a vida mais leve e bem-humorada.
MAHMOUD RaSLAN, afp, bd
Veja a retrospectiva fotográfica de Zero Hora Veja a retrospectiva fotográfica de Zero Hora
KAI PFAFFENBACH, REUTERS, BD
IMAGENS DO ANO

Jefferson Botega

jefferson.botega@zerohora.com.br

O peso e a leveza

F oi um ano pesado, cheio de coisas que atravancaram o andar normal dos dias, pleno de imagens que marcaram nossas retinas para o bem e para o mal. Para o bem e para o mal. Por isso, não havia como escolher apenas uma imagem para simbolizar 2016. Elegi duas: primeiro, a que Mahmoud Raslan fez de Omran Daqneesh, um menino sírio de cinco anos, coberto de poeira e sangue, sentado em uma ambulância depois de ser resgatado dos escombros de um edifício atingido por um ataque aéreo no bairro rebelde de Qaterji, na cidade de Aleppo, em 17 de agosto de 2016. Uma foto dura, triste, retrato de uma realidade que nos tira do conforto. A outra imagem foi captada dois dias antes, na Olimpíada do Rio, por Kai Pfaffenbach: o velocista Usain Bolt corre e sorri na semifinal dos 100m rasos. A prova de que o homem mais rápido do mundo consegue entrar em uma disputa com uma leveza incomum. O jamaicano passeia enquanto trabalha – sim, esse é seu trabalho, e ele o faz como se estivesse flutuando sobre as nuvens. E é essa a mensagem a passar: mesmo em momentos tensos, devemos sorrir, tentar levar a vida mais leve e bem-humorada.
MAHMOUD RSLAN , AFP, BD
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